Introdução:
O Brasil, apesar de estar entre os líderes em gastos com TI e telecomunicações, ainda enfrenta desafios significativos no campo da segurança cibernética. Um estudo recente da IDC destaca essa discrepância e aponta para uma cultura predominantemente reativa em relação à cibersegurança no país.
Liderança em gastos, mas atraso em segurança:
O Brasil ocupa a nona posição global em gastos com TI e telecom e lidera na América Latina, representando 38% dos gastos totais da região. No entanto, quando se trata de segurança cibernética, o país está atrasado. O estudo “Worldwide Black Book 2023” da IDC revela que, embora existam 31 mil profissionais brasileiros no LinkedIn que se identificam como especialistas em cibersegurança, a cultura de segurança do país ainda é predominantemente reativa.
Comparação internacional:
Outros países tomaram medidas proativas em relação à cibersegurança muito antes do Brasil. A LGPD (Lei Geral da Privacidade de Dados) só foi implementada no Brasil em 2020, enquanto países como México e Europa já tinham leis de proteção de dados em 2010 e 2016, respectivamente. Além disso, o Brasil tem apenas cinco CSIRTs (Computer Security Incident Responde Team) registrados no FIRST.org, em comparação com 17 no México e 175 na Europa.
Melhorias no horizonte:
Apesar dos desafios, o cenário de cibersegurança no Brasil está mostrando sinais de melhoria. O estudo indica que 37,5% das empresas brasileiras veem os investimentos em segurança como sua principal iniciativa de TI para o ano. Até o final de 2023, espera-se que os gastos com segurança representem 3,5% dos investimentos totais em TI no Brasil, um aumento de 12% em relação ao ano anterior.
Conclusão:
O Brasil está fazendo progressos em termos de investimento e conscientização sobre a importância da cibersegurança. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para mudar a cultura reativa e alinhar o país com as melhores práticas globais. A necessidade de profissionais qualificados e uma abordagem proativa à segurança são essenciais para garantir que o Brasil não apenas invista em tecnologia, mas também proteja seus ativos digitais de ameaças emergentes.