75% das vítimas de ataques cibernéticos no Brasil são PMEs
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Com a crescente digitalização das operações empresariais, a segurança dos dados tornou-se uma prioridade absoluta para empresas de todos os tamanhos, especialmente startups e PMEs.
No Brasil, o impacto de fraudes cibernéticas e violações de segurança tem aumentado significativamente. Casos recentes, como o de uma empresa de Blumenau que sofreu alteração em seu quadro social devido a um ataque, destacam o quanto essas ameaças são reais e perigosas. “Além disso, três quartos das vítimas de ataques cibernéticos são pequenas e médias empresas, mostrando a vulnerabilidade desse grupo. Nesse contexto, é vital que os empreendedores estejam cientes dos riscos e das medidas necessárias para proteger suas empresas.” – Gisele Truzzi, CEO do escritório Gisele Truzzi Tech Legal Advisory.
De acordo com um estudo, 75% das vítimas de ataques cibernéticos no Brasil são PMEs. Isso demonstra que, ao contrário do que muitos pensam, as pequenas e médias empresas não estão imunes a essas ameaças. Pelo contrário, a falta de investimentos robustos em segurança digital as torna alvos preferenciais para os criminosos. Além dos prejuízos financeiros, que podem ser devastadores, esses ataques comprometem a reputação da empresa, afetando a confiança de clientes e parceiros. Em muitos casos, a recuperação é lenta e envolve custos altos, tanto para restaurar dados quanto para reparar os danos à imagem da organização.
Um exemplo que reforça a gravidade desse cenário foi o ataque sofrido por uma empresa de Blumenau, onde cibercriminosos alteraram o quadro social da empresa. Imagine o impacto disso em uma pequena ou média empresa que depende de uma estrutura mais enxuta e sem grandes recursos para lidar com incidentes dessa magnitude. Esses ataques são uma forma de manipular informações cruciais, prejudicando a operação e a legalidade das empresas. Empresas inovadoras e em crescimento, como as startups, tendem a focar na expansão de seus negócios e, muitas vezes, negligenciam a importância de políticas robustas de segurança da informação. No entanto, as falhas na proteção de dados podem representar um verdadeiro calcanhar de Aquiles, atrasando o crescimento e expondo a organização a riscos legais, especialmente com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
“A proteção de dados não deve ser vista apenas como uma obrigação legal, mas como uma vantagem competitiva. Para empresas inseridas no ambiente digital, assegurar a proteção das informações de seus clientes e colaboradores pode ser um diferencial crucial. A LGPD trouxe essa responsabilidade para o centro das discussões empresariais, exigindo que as companhias adotem boas práticas de governança e compliance para evitar multas e sanções. Uma estratégia eficaz de segurança cibernética envolve não só a adoção de tecnologias, mas também a conscientização de toda a equipe. Políticas de senha, criptografia, backup de dados e treinamentos sobre phishing e outras ameaças são práticas fundamentais.” – alerta Gisele.
Os ataques cibernéticos são uma realidade incontornável para startups e PMEs. Diante do cenário atual, em que o volume de ataques aumenta e a legislação se torna cada vez mais rígida, proteger os dados da empresa e de seus clientes é uma necessidade estratégica. “Não se trata apenas de uma obrigação legal, mas de garantir a sobrevivência e o crescimento sustentável no mercado. Startups e PMEs que investem em segurança da informação e proteção de dados criam uma base sólida para operar de forma segura, preservando a confiança de seus clientes e assegurando sua continuidade“, conclui.